Vagas que trazem a vida pregressa
A lembrança que corroí em mim
Do que já fiz num passado distante
E que agora me liberto, enfim.
Dor que maltrata a essência profunda.
O lamento que condói o ser.
O que eu posso fazer em minh'alma?
O abismo me põe a temer.
Procuro uma voz no espaço
Pra transmitir-me paz, um consolo.
Pois tudo agora faz mais sentido
Só quero encontrar-me de novo.
Oh Deus obrigado por me amparar.
Em ti eu me entrego feito pluma no ar.
Pluma no ar...
Brumas da noite escondem ruídos
Onde gritos recolhidos vem
Muitos naufrágios e elos partidos
Me deixaram sem rever ninguém.
Quando um amigo pediu-me sorrindo
Vim contar a minha história aqui
Por um canal entre a vida e a morte
Que me ajuda a chegar a ti.